Vivo em Portugal, intermitentemente, desde 2006. Desta vez, estou por aqui há 8 anos (!!!). Seguem alguns dos álbuns musicais que marcaram a minha vida neste período.
Para começar, um álbum instrumental que descobri ontem: “Manoel”, do Sensible Soccers, inspirado pelo universo cinematográfico de Manoel de Oliveira. Muito diverso, uma verdadeira viagem sonora, de Bali à Avenida Brasil. Lindo! Ouça “Cantiga da Ponte”
Em 2012, na minha segunda vinda para cá, descobri o projeto do produtor Pedro Lucas, O Experimentar Na M’incomoda. Sonoridade eletrónica sobre música açoreana “tradicional”. São 2 álbuns impecáveis. Aqui, “Ilhas de Bruma”, do 1º lançamento
Em 2015, o Lucas se juntou ao Carlos Medeiros para criar o Medeiros Lucas. A fórmula é a mesma, porém, agora, os Açores surge através de letristas maravilhosos. Aqui, um gosto do 1º álbum, “Mar Aberto”, com a soturna e impressionante, “Fado do Regresso”
António Zambujo! Hoje, é astro popular. “Quinto”, de 2012, marca o meu regresso a Lisboa. Em 2014, assisti a uma canja sua e até trocamos umas boas palavras. Infelizmente, não lhe pedi em casamento. Ouça “Milagrário Pessoal”, com poema do Eduardo Agualusa:
E vamos de diva: Ana Moura! Tbm em 2012, lançou “Desfado”. Um primor, q os amigos da academia não curtiam, pois a popularizou. A música título é uma das canções portuguesas mais inventivas q já ouvi: “Alegre, sentir-me bem só por eu andar tão triste…”
Aldina Duarte adora cantar poetas. “Romances” (2015) traz a história de um triângulo amoroso, composta por Maria do Rosário Pedreira. 2 albuns, mesmas canções: 1, com fados e outro, nem sei. Aqui, uma vizinha fofoqueira lhe conta a traição do marido:
É ela: Teresa Salgueiro! Para mim, uma das vozes mais lindas que já existiu. Depois que saiu do Madredeus, passou a compor álbuns independentes. A antiga banda faliu e ela se mantém um ícone! Ouça “Desencontro”, do álbum “Horizonte”, de 2016:
BURAKA SOM SISTEMA. Caramba, isto é um negócio fora do comum. Portugal, Angola e Brasil movendo as estruturas do bairro Buraka, numa das zonas mais pobres de Lisboa. P q BSS acabou, alguém sabe me dizer? O clássico “Kalemba (wegue wegue)”, de 2008:
Agora, uma sugestão quase etnográfica. O projeto “A Música Portuguesa a Gostar Dela Própria” coleta cantigas populares por todo o país. Um tesouro!: https://amusicaportuguesaagostardelapropria.org