Das muitas estradas passadas,
nenhuma é tão larga e tão funda
quanto esta linha expressiva,
visível bem ao lado da pálpebra.
Nenhum dos gritos que dava, ao querer mamar,
foi mais alto do que a gargalhada,
que soltei hoje de manhã:
as lembranças fazem-me saltitar.
Nenhuma paisagem é tão vasta
quando a que vê minha retina agora,
quando o sol brilha dentro dela outra vez,
como na primeira, eras atrás. Quão longe cheguei?
Eis como era meu rosto, antes de eu nascer.
Aos três dias de vida, esta mesma cara,
quanto mais sorria, tanto mais falava, mais amava.
Como era o meu rosto, quanto ele mudou!
Quanto mudou a minha vida,
pelas cidades, pelas vias esquisitas,
pelas avenidas e pelas estradas,
nenhuma delas tão funda e tão larga,
quanto a minha sobrancelha esgarçada,
ou aquela falha na barba.
Que poesia inteligente, você realmente tem muito talento!
se você puder olhar as minhas ficaria muito agradecido.
Querido caio, obrigado pelo seu comentário. Eu fui ao seu blog e li alguns de seus poemas. Continue a escrever e sempre leia bastante poesia! Um poeta se faz pelo contato com outros poetas. Um grande abraço.