Dilma e a Pedalada Matinal

A portadora do mandato democrático que eu estou defendendo, apesar de muitas discordâncias, na manhã deste dia crucial de sua vida, dia que define a sua face histórica, de primeira mulher presidenta do Brasil, Dilma Rousseff, saiu de bicicleta, acompanhada por seguranças.

A mandatária acordou hoje às 6h e foi dar o seu habitual passeio, nos arredores da sua/nossa casa, o palácio do Planalto.

“Palácio” por convenção, porque este conjunto arquitetônico é, mais, um dos “símbolos” de nossa integridade brasileira. Erigido em governo democrático, desenhado por um gênio da raça.

“Lugar” aonde querem chegar, criminosamente, bandos de homens e mulheres ignóbeis, golpistas, corruptos, que agem como mafiosos crápulas, em defesa da mais descabida impunidade.

Na aurora do domingo em que um atentado fascista contra o Brasil está na iminência de ocorrer, Dilma sai à pedalada.

Que recado límpido, que texto conciso, que beleza de poema!

Apesar de ser a mulher que ocupa este lugar, ré inocente ante o monstro que ajudou a criar em certa medida, monstro patriarcal, de muitas cabeças, pesadelo para qualquer menino ou menina, apesar dele, ela pedalou de manhã cedo.

Poderia estar se matando, renunciando, assassinando reputações, caluniando, confundindo as pessoas, mas não.

Eles conspiram, ela pedala.

Que bom ter sido a Dilma a mulher que está nesta “posição”, no combate a Eduardos Cunhas PMDBs PSDBs e CIAs.

Ela chegará às 14 horas com a cabeça arejada e o corpo em firmeza.

A História já ganhou com Dilma. O dia definiu-se às 6 da manhã. De fato, um coração valente.

Havia de ser. Que belo dia!

 

Foto: Ueslei Marcelino / Reuters.

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