Ao Homem Idiota

Tu não tens paralelo.
Já te olhaste no espelho hoje?
Há alguém lá, além de ti?
Tantos falam por tua voz!

Detrás da cortina verde,
existe um escrito rupestre
tatuado pelo tempo celeste
na pele ancestral da parede.

Põe a cara no sol, vai lá ver!
Deixa de buscar caqui
em pé de tangerina.

Tu nem tens a ti mesmo.
Teu ego é teu eco: onde ele te encontra?
Vives exaurido em ti mesmo.

Escrito em 2004.

Um comentário sobre “Ao Homem Idiota

Deixe um comentário

Este site utiliza o Akismet para reduzir spam. Saiba como seus dados em comentários são processados.